Momento Histórico


Sem sombra de dúvida estamos diante de um momento que podemos chamar de histórico. Há praticamente duas semanas, várias manifestações estão parando diversas cidades do Brasil, motivadas pela luta contra mais um aumento do nosso sempre precário transporte público, mas que também protestam contra a Copa das Confederações e todo o desperdício de dinheiro destinado a esses grandes eventos esportivos, assim como contra a corrupção de nossos governos. Alguns governantes decidiram desistir do aumento, mas a idéia é que os protestos devem continuar ainda por algum tempo.

Esses protestos ganharam todo essa dimensão (outro dia aqui no Rio foram mais de 300 mil protestando nas ruas do Centro) com o apoio das redes sociais: militantes marcam dia, hora e local, e a informação se espalha como fogo, e então uma multidão mascarada, munida de cartazes e cantando o hino nacional, se aglomera, normalmente começando na hora do rush no fim do dia e se estendendo até a noite. Logicamente, como esperado quando se tem uma multidão desse porte, não demora para que em um determinado momento a violência se inicie, com manifestantes combatendo a polícia.

Bom... Venho então escrever agora um pouco sobre a minha opinião a respeito dessas manifestações. Quem me conhece sabe que eu não tenho rabo-preso com ninguém, e sempre venho aqui expor a minha visão sobre certos acontecimentos e fatos da atualidade, procurando ter uma postura fria e relativamente imparcial sempre que possível. Não sou um rebelde sem causa, que contesta só pelo desejo de ser do contra, tampouco sou do tipo que vai com a maré e adota a postura da maioria, como muitas pessoas ao meu redor fazem ultimamente.

Sei que vou desagradar a muitos, mas vamos lá então...

Longe de mim querer contestar a motivação desses protestos. Discordo completamente dos aumentos abusivos do transporte público de nosso país, é um absurdo os governantes terem a cara de pau de sempre procurar alguma justificativa para aumentar o preço dos ônibus, trens e metrô. Embora existam cidades no mundo onde se paga mais caro pelo transporte do que em nossas principais metrópoles e mesmo considerando que na ponta do lápis, pode-se considerar que o aumento dessas passagens esteve próximo (ou mesmo um pouco abaixo) da inflação, é fato de que o preço que pagamos não é coerente com a péssima qualidade dos serviços. Ou seja, o preço da passagem não subiu tanto se formos comparar com o aumento geral das coisas, mas esse aumento vem muitas vezes vem com uma piora da qualidade dos serviços.

Já citei aqui várias vezes como por exemplo o metrô carioca vem ficando cada vez pior, chegando ao ponto de termos engarrafamento nos trilhos e superlotação desumana... Só o filho da puta do Serginho Cabral acha que a gente tem o melhor metrô do mundo...


Soma-se a isso o fato de que eu concordo que é uma pouca vergonha o país gastar uma fortuna para a realização de grandes eventos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. É realmente revoltante vermos como o dinheiro sai tão fácil para construir estádios pelo Brasil afora, com obras que custam muito mais do que deveriam para erguer verdadeiros elefantes brancos em estados onde o time melhor classificado está na série C do brasileiro, enquanto que temos hospitais caindo aos pedaços, a educação entregue às moscas e a população sofrendo com a violência.

E também concordo com diversos outros pontos levantados, como a revolta contra a PEC 37, que iria evitar que políticos corruptos fossem investigados pelo Ministério Público, assim como o pedido pela cabeça do Renan Calheiros, que é presidente do Senado, inclusive alvo de um abaixo-assinado que comentei aqui.

Concordo com toda a motivação dessas manifestações... Acontece que não concordo muito com a forma como elas estão sendo feitas. Por mais que tentem engrandecer o fato, eu não consigo ficar animado com tudo isso, não tenho esperança de que todos esses protestos venham a levar a alguma coisa. Eu já sou um texugo relativamente vivido, e já conheço muito bem o povo brasileiro para ficar sonhando que a História está sendo mudada com passeatas e palavras de ordem.

Uma das primeiras coisas que eu não gosto nesse tipo de protesto é como todas essas manifestações sempre prejudicam primeiro (muitas vezes unicamente) e bastante aqueles que não tem nada a ver com isso, que não tem nenhuma culpa no cartório. 

É de lei: esses protestos são tipicamente feitos no final da tarde, e sempre acabam percorrendo vias importantes da cidade, bem na hora que o trabalhador está querendo voltar pra casa. Tá lá o sujeito, cansado depois de um duro dia de labuta, louco pra chegar em casa, tomar um banho e ficar com a família, e aparece uma manifestação no caminho, fechando a rua. Estraga a vida do coitado, que vai ficar horas mofando num ônibus, que vai ter que caminhar a pé vários quilômetros para evitar o tumulto, chegando tarde em casa e mal tendo como descansar. Fode a vida dele e de tanta gente, muitos que até concordam com os manifestantes, mas que sofrem as consequências como se fossem os culpados.


Vai aparecer alguém dizendo que é assim mesmo, que não tem jeito, que é necessário "atingir" as pessoas para divulgar sua mensagem. Mas eu acho isso uma sacanagem, pois sempre atingem o lado mais fraco, o lado que mais vai sofrer, enquanto que os verdadeiros responsáveis não são diretamente atingidos. Fechando as ruas você atrapalha a vida do trabalhador; mas enquanto isso o Dudu Paes está voando por aí de helicóptero. Uma covardia, uma falta de respeito com pessoas que não tem nada a ver.

Isso sem entrar no mérito da violência também. Violência que vem dos dois lados, do lado da lei por parte de policiais que acabam sendo exagerados na contenção dos manifestantes, mas que vem destes também, vandalizando a cidade e destruindo o patrimônio público e privado. Está errado sim o policial disparar gás de pimenta à queima-roupa na cara das pessoas...
 
 
Mas está errado também o manifestante quebrar vidraça, queimar carros e destruir bancos.


E agora vai aparecer alguém dizendo que esses vândalos são minorias, que são pessoas que querem se aproveitar para quebrar as coisas. Mas, não sei não... Tudo bem que certamente existem marginais que se aproveitam do fuzuê para cometer crimes, no final dessa semana mesmo alguns filhos das putas vandalizaram uma concessionária de carros de luxo na Barra. Bancos e edifícios, apesar de tentarem se proteger com portas de ferro e tapumes, foram depredados por malandros oportunistas que estão pouco se fudendo com o movimento.

Só que acho que é uma inocência e demagogia assumir que todos os vândalos são marginais que não tem nada a ver com o movimento. Duvido que não tenham protestantes que sejam defensores da violência, se você for ver muitas das pessoas que estão protestando dizem com todas as letras que precisa fazer bagunça, precisa quebrar tudo, pois só caminhar e cantar musiquinha não vai dar em nada, que somente com imagens fortes é que o movimento vai ganhar destaque nos jornais do Brasil e do mundo.

Inclusive, até digo o seguinte: como a opinião pública em geral assume por definição que toda pessoa vandalizando não seja participante do evento, isso dá uma certa "segurança" aos manifestantes mais exaltados serem violentos.


A verdade é que esse movimento no final das contas não tem uma liderança. Ou melhor, talvez até tenha, certamente devem ter algumas pessoas que comandam essas manifestações, que definem local e data dos protestos, mas uma liderança relativamente fraca e que não tem controle sobre o movimento, que acaba se tornando uma verdadeira baderna. Tentam criar um protesto que seja aberto para todos, e nessa brincadeira permite que gente apareça para causar problemas.

Com toda essa liberdade, permite-se que manifestantes pró-violência apareçam, pessoas que acham que só na base da porrada e enfrentando a polícia vão conseguir alguma coisa; permite-se também que vândalos, que só querem quebrar tudo e aproveitar a zona para não serem pegos; e, por que não, permite-se também que pessoas contrárias ao movimento se infiltrem e incitem a violência para prejudicar os protestos. Fato é que não se tem o controle de quem está lá, se deixar dá para um assassino ir lá no meio da multidão e ninguém vai impedí-lo. É só ele consultar no Facebook onde vai ter a concentração, e pronto.

Quanto à reação da polícia, eu sinceramente procuro ser um pouco comedido na minha opinião. É indiscutível que existam policiais que não estão preparados, isso vale não somente para a contenção de multidões mas para outras atividades também. Só que eu não adoto a postura de ódio pela polícia, tão comum à nossa sociedade. O povo já se acostumou a ver a polícia como inimiga, como sempre a errada. Se tem um tiroteio no morro e alguém é atingido, cinco segundos depois os favelados usam seus poderes de perícia para já falarem que foi bala da polícia, nunca é um tiro proveniente de traficante. E mesma coisa nesses protestos.


Uma grande responsável por isso é a mídia (entenda-se aí principalmente a Rede Globo, sensacionalista e sempre querendo distorcer os fatos). Sempre falam que a polícia é violenta gratuitamente, sem falar muito de que sempre o estopim desses confrontos é uma provocação mais violenta por parte dos manifestantes, que jogam pedras e disparam rojões contra os policiais. Nessa hora, a polícia precisa ter mão firme e agir, e para isso ela precisa partir do pressuposto que todos ali podem ser uma ameaça, goste ou não. O sujeito isolado e encurralado estendendo bandeira branca e dizendo "sou da paz" podia há alguns minutos atrás ter tacado uma pedra na policia. Você se estivesse ali na pele do policial, iria correr esse risco?

Só que a mídia procura sempre demonizar os policiais, não sei qual o objetivo que essas emissoras têm de jogar a população contra a polícia. Por exemplo, achei ridículo um repórter da Globo que estava filmando o tumulto em frente ao prédio da Prefeitura do Rio nessa quinta e levou um teco de bala de borracha no meio dos cornos. Numa situação dessas, uma pessoa normal iria direito para um hospital ser tratado. Só que o interesse em divulgar para todo o Brasil a violência sofrida pela polícia era maior, e não demorou para ele aparecer com a cara toda ensanguentada.


Sério... É uma postura tão pilantra... Faz questão de não limpar o sangue (bobeando até deve ter rolado uma maquiagem para que ficasse mais dramático) e fazer a cara de vítima. Devia era ter levado uma bala de borracha no meio do saco, quero ver se aí iria posar para as câmeras. No mínimo ia falar com voz fina.

Novamente devem aparecer pessoas aqui condenando a minha postura, dizendo que sou um filho da puta por defender a polícia. Não estou defendendo, repito que tem muito policial mal preparado. Mas a função da polícia é manter a ordem pública, usando da força se necessário. Por que os manifestantes acham que está tudo bem que eles promovam a violência para que o movimento apareça, pois caminhar e cantar musiquinha não vai resolver, mas se é a polícia que tem uma reação mais dura contra essa violência não pode? Ou você acha que se os policiais fossem lá na conversa, pra pedir por favor que parassem de destruir o patrimônio público e privado, cantando "We are the World" e distribuindo flores para os encapuzados baderneiros, iria conter os vândalos?

Aliás, falando de encapuzados... Na minha opinião tinha que chegar nesses protestos e todo mundo que estivesse com touca ninja, camisa enrolada na cara ou qualquer outro tipo de máscara, já tinha que ser preso. A imensa maioria das pessoas que vandalizam estão lá com os rostos cobertos, para assim não serem facilmente identificados, tá escondendo a cara é porque boa coisa não deve querer. E isso vale inclusive para os "modinhas" que ficam colocando aquela máscara escrota do bigodudo, bando de viadinhos metidos à besta e que querem só aparecer.


E toda essa violência vai continuar, principalmente pelo fato de que é evidente uma das coisas que os manifestantes estão buscando em primeira instância: um cadáver. Sim, todo esse incentivo à reação mais violenta da polícia certamente é nutrido pelo desejo de alguns (provavelmente muitos) de que alguma pessoa seja morta pela polícia, alguém que sirva de mártir para conferir ao movimento o apoio da opinião pública. Afinal de contas, se a mídia e a população já nutrem um ódio pela polícia e simpatia pelos manifestantes (por mais violentos que sejam) quando estes saem só feridos, imagina só se um deles for morto?

Até o momento só duas pessoas morreram, mas não de uma ação direta dos policiais: um garoto em Ribeirão Preto foi atropelado por uma pessoa que lançou seu carro contra um grupo que fechava a rua, e uma mulher de Belém que teve uma parada cardíaca devido a um infarto quando manifestantes jogaram uma bomba perto dela (como você pode ver aqui). Mortes "acidentais", como a própria notícia diz... Claro que se tivesse sido uma bomba da polícia ou alguém atropelado pelo caveirão, não seria nada de acidental, e a porradaria iria correr solta. 

Apesar de muitos prefeitos e governadores terem metido o rabo entre as pernas e baixado o preço das passagens, certamente muitos protestos ainda estão por vir, algo que imagino que deva durar até o final da Copa das Confederações, enquanto muitos dos olhos do mundo estão voltados aqui para nosso país. Provável que algo parecido possa ocorrer no final do mês que vem, quando o Papa Chico vier aqui, embora tenho por mim que como brasileiro é um povo exageradamente religioso que não deve ter arruaça.

Agora, uma das grandes questões que levanto é o seguinte: embora sejam várias bandeiras que sejam erguidas nesses protestos, podemos assumir que todas elas têm em comum o repúdio contra a corrupção e a roubalheira de nossos políticos. Acho ótimo, mas gostaria de fazer algumas perguntas para os manifesantes que estão tomando as ruas de nosso país:

  • Você estaciona em local proibido ou fura o sinal vermelho?
  • Você alguma vez já colou em uma prova do colégio ou faculdade?
  • Você joga lixo no chão?
  • Você divulga ou acompanha a localização das blitz da Lei Seca quando sai pra beber com os amigos?
  • Você quando chega dos Estados Unidos cheio de muamba vai sem pestanejar para a fila do "Nada a Declarar"?
  • Você fica quieto quando vai numa loja e recebe troco a mais?
  • Você tem TV a cabo graças a um Gato-NET?
  • Você olha pro lado ou finge que tá dormindo quando está no assento preferencial no ônibus ou metrô e chega uma pessoa idosa?
  • Você baixa música da Internet e compra programa pirata na Uruguaiana?
  • Você procura sempre levar vantagem com o famoso "jeitinho brasileiro"?

Se você respondeu "sim" em algumas dessas perguntas, então vai tomar no meio do seu rabo! É muita hipocrisia querer criticar a corrupção dos políticos quando se é corrupto em pequenas coisas do dia-a-dia. Como dizem, o povo tem os governantes que merece.

Essa hipocrisia diante da corrupção é uma das razões pelas quais eu, apesar de achar válido o protesto do povo, não acreditar que isso venha a melhorar alguma coisa. Legal, conseguiram voltar o preço das passagens de ônibus, mas quem garante que alguns meses depois isso não venha a ocorrer de novo? Por exemplo, nosso ilustre prefeito filho de uma puta, Dudu Paes, se reelegeu ano passado dizendo que não iria aumentar a passagem, mas menos de um mês depois de ganhar as eleições anunciou que haveria um aumento.


Pergunto por que naquela época não teve tanto protesto como agora...

Sem falar que são inúmeros casos de hipocrisia, vários exemplos de pessoas que faziam todo um teatrinho de serem contra a corrupção, de defender os direitos do povo, de pedir a cabeça de políticos ladrões, mas que quando tiveram a oportunidade de chegar em cargos políticos, o egoísmo e o interesse no enriquecimento próprio falaram mais alto. 
Por exemplo, lembra do Lindbergh?
Há alguns anos ele era um dos caras-pintadas que foi às ruas pedir o impeachment do presidente Collor. O Lindbergh devia ter o mesmo discurso desses jovens que hoje protestam, tinha a mesma postura de condenar a corrupção, de exigir que os políticos investissem mais na educação e saúde. Não demorou e logo entrou na política, e acabou se tornando igual àqueles que criticava, roubando pra caralho, sendo acusado agora de corrupção quando ele foi prefeito de Nova Iguaçú. Engraçado, né? Como um colega meu costuma dizer, o Lindbergh deixou de ser pedra pra ser vidraça. 
E se preparem: não duvido logo que algumas dessas pessoas desse movimento atual, as lideranças que se destacam um pouco mais, vão acabar seguindo o mesmo caminho. 
Brasileiro é um povo idiota, acha que tem um senso cívico de patriotismo, mas na verdade tá cada um preocupado com seu próprio umbigo. Diante da oportunidade de levar vantagem ou sob o risco de sair prejudicado, some todo esse papo de "verás que um filho teu não foge à luta" e passa a ser um bordão mais na linha do "cada um por si" ou "primeiro eu, que se fodam os outros". Todo esse nacionalismo exacerbado é como fogo de palha, logo logo isso aí passa, e cada um vai voltar a viver a sua vidinha, pouco se fudendo para o país, se esquecendo de tudo.

Falando no Collor, quer prova maior de que o brasileiro esquece fácil? Provaram que o cara era um ladrão sem escrúpulos, um verdadeiro canalha. Passados alguns anos de inelegibilidade e o Collor veio se candidatar de novo, e teve gente que votou nele. Mesma coisa com tantos outros corruptos: Garotinho é chefe de quadrilha, líder de máfia, e está aí cumprindo mandato de deputado; Maluf é um bandido tão grande que tem países que ele se pisar vai preso, mas está aí na Comissão de Justiça da Câmara. Comissão de Justiça, minha gente!


Inclusive fico me perguntando quantos desses manifestantes nas ruas devem ter votado na Companheira Estela, no Serginho Cabral e no Dudu Paes. O que me dizem agora? Lá atrás vocês acreditaram na conversa mole deles, nas promessas ilusórias que qualquer pessoa bem informada saberia que não passava de cascata. A culpa do aumento das passagens, da corrupção na política, não é só dos políticos não; os eleitores que os colocaram lá no poder também são culpados, e pintar o rosto e marchar pelas ruas não diminui essa responsabilidade, principalmente se a cada quatro anos eles cometam o mesmo erro nas urnas.

É o grande problema de nosso país, não adianta nada todo esse discurso contra a corrupção se o povo não sabe votar, se o povo se deixa enganar por promessas de campanha. Repito, brasileiro tem memória curta. Tanto que a gerentona ontem, em discurso em cadeia nacional, veio prometer uma série de coisas que já haviam sido prometidas quando ela se elegeu, vendendo essas idéias como se fossem novidade, como se fossem ações que ela está tomando devido aos protestos. E tem gente que acredita. Esse é outro motivo que me leva a crer que esse movimento não leva a nada. Não adianta nada protestar contra a corrupção e chegar ano que vem e colocar a Dilma e tantos outros bandidos no poder. De novo.


A melhor forma de enfrentar o governo corrupto não é segurando cartazes e cantando, tampouco partindo pra violência urbana, pra atingir eles precisa atacar onde dói mais, no voto. É chegar e diante da urna não votar nesses canalhas, e mostrar para o restante da sociedade que esses cretinos não merecem o nosso voto. O que inclui até mesmo um esforço em mostrar para o povão quem esses governantes são de verdade. Mais efetivo do que ocupar a Presidente Vargas, é subir nas favelas e mostrar para os pobres que o Bolsa Família é uma palhaçada, de que é uma esmola destinada a manter a pobreza e conquistar votos. Só que isso dá trabalho, isso não choca a sociedade, não aparece em destaque no Jornal Nacional...

A verdadeira causa de tudo isso está há 513 anos atrás, quando Pedro Alvarez Cabral achou por engano essa merda. Desde então que nosso povo sempre priorizou o seu interesse próprio, em explorar a tudo e todos pensando somente em seu próprio benefício. Antes de apontar o dedo contra os outros, que cada um seja crítico, olhe para si mesmo e mude. Só que isso é difícil, pra não dizer impossível. Como digo quando levantei aquelas perguntas lá em cima, já está no nosso sangue querer sempre levar vantagem, mesmo que isso seja de forma ilícita, o que pejorativamente é chamado de jeitinho brasileiro. Enquanto isso fizer parte de nossa sociedade, podem fazer protestos todos os dias, que nada vai mudar...

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