Passageiros Pentelhos


Como você já deve ter visto em algumas postagens anteriores, eu sou um texugo que gosta de viajar de avião, sempre é legal voar pelos céus dentro de uma das mais fantásticas criações da Humanidade. Razão pela qual eu não reclamo muito quando a minha empresa me manda para viagens para outras cidades pelo Brasil: além de acumular mais algumas milhas, ver umas aerogatas em certas oportunidades (você se lembra desse post aqui, certo?), é uma forma de mudar de ares e fugir um pouco do ambiente do escritório, em especial ficando o mais longe possível do telefone em cima de minha mesa e da caixa de entrada de meu e-mail.

Nessas horas eu lamento pelo avanço da portabilidade, que permite que essas encheções de saco continuem nos acompanhando aonde quer que a gente vá, graças aos notebooks e celulares. Mas enfim...

Só tem uma coisa que eu não suporto quando viajo de avião: os outros passageiros. Sem brincadeira, é uma das coisas mais filhas da puta ter que dividir o mesmo espaço com um bando de gente idiota, estúpida, metida e abusada, que infelizmente se prolifera em qualquer vôo. Não é só no metrô e no ônibus que me emputeço com a presença de outros passageiros, mas enquanto no caso do transporte público existe a solução de ter o próprio carro (algo que não me interessa no momento, devido ao custo e ao fato de ter que lidar com outros motoristas e flanelhinhas), no caso do avião não há muita escapatória, a não ser que você seja o John Travolta e possa ter e pilotar seu próprio jatinho.


Tudo já começa ainda em terra, antes mesmo do embarque. A fila para fazer o check-in sempre tem alguma pessoa enrolada, como algum paspalho que só se lembra de pegar a identidade quando chega no balcão, os atrapalhados que só se lembram de passar uma fita de reforço em volta da caixa que vão despachar na hora de pesar a bagagem e cretinos que ficam ali demorando no guichê. Sério, eu levo no máximo cinco minutos quando vou fazer o check-in (isso se não uso um dos totens de auto-atendimento), como é que essas pessoas demoram tanto? Principalmente aqueles espertinhos que querem fazer upgrade de assento (claro, sem pagar a diferença) ou mudar o horário do vôo. 

Claro que o pessoal das companhias aéreas "ajuda"... Eles são sempre muito enrolados, nunca conseguem dar uma informação completa, e sempre travam diante de uma situação que fuja ligeiramente da normalidade. Alguns demonstram uma grande incapacidade de pensar e de bom-senso, e logicamente tem passageiros que aproveitam disso.


Permita-me fazer uma pausa para contar um caso pelo qual passei certa vez em Congonhas, em um dia de chuva quando, como esperado, os vôos estavam atrasados. Estava na pôrra da fila do check-in, porque naquele dia convenientemente os totens da Gol estavam fora do ar, e a empresa estava tendo que se virar para despachar os passageiros. Eu estava lá na fila correspondente à ponte-aérea, mas estava eu e todos lá meio empacados pois a Gol estava chamando passageiros de outros vôos que estavam atrasados e que iam decolar em breve... Ou seja, quem estava lá esperando o retorno pro Rio ficou largado lá esperando, enquanto que os funcionários da Gol deliberadamente traziam passageiros de outros vôos para "furar fila" e serem atendidos. Já estava lá há quase duas horas em pé na merda da fila!

Aí então a Gol anunciou a chamada do meu vôo. E como estava acontecendo com os demais, os passageiros vinham por fora da fila, cortando na frente de todo mundo, inclusive outros passageiros que estavam lá na fila. Ou seja, um bando de "ixpertos", que vendo a situação da chamada dos vôos (e possivelmente por sugestão de funcionários da própria Gol), ficou de fora da fila, foi lá fazer um lanchinho, e depois pôde passar na frente de quem estava mofando em pé na fila. Cara, eu xinguei muito, juntamente com as pessoas ao meu redor, principalmente depois que um babaquara dum playboyzinho, dum desses merdéis que passa creme no cabelo e anda de terninho, mandou essa, com um sorriso amarelo, enquanto furava na frente de todos e fazia seu check-in:

 "Ah, mas todo mundo vai decolar junto! Por que a pressa?"

Cara... Nunca na vida eu senti tanta vontade de agredir uma pessoa... Dava vontade de pegar um daqueles ferros que segura as fitas-guia das filas e cravar no crânio dele, ou enfiar no rabo dele até sair pela boca.

E o pior era que ficou um pessoal da Gol dando prioridade para os "fura-filas"! Chegou uma hora que eu e os outros que estavam na fila nos emputecemos, fomos em direção aos balcões, cortando na frente dos furões e exigindo atendimento. Ainda dei um esporro no carinha do balcão, pela falta de organização. Mas ficou por isso mesmo...

Enfim, passado esse relato pessoal, vamos seguindo. O próximo momento de fúria ocorre na hora do detector de metais. Sorte que aqui no Brasil, nos vôos regionais, não há tanto rigor como nos EUA (onde já vi uma pessoa ser obrigada a abrir a mala e se desfazer de um tubo de pasta de dentes por que ele não estava num saco plástico ziploc), mas mesmo assim essa cambada de idiotas sempre me atrasa a vida. Novamente, eu quando estou na fila procuro me adiantar, já fico pronto: já evito carregar objetos metálicos que possam apitar no detector, e o que não posso evitar já está fora dos bolsos e nas minhas mãos quando ainda estou na fila, para evitar problemas e não perder tempo. E uma vez passado no detector, já pego as minhas coisas do mesmo jeito e saio do caminho.


Mas claro que a maioria das pessoas não faz isso. Começa com aqueles idiotas que carregam mais metal no corpo do que metaleiro em noite de show de heavy-metal. Muitas vezes mulheres, que em vez de viajarem de forma simples decidem colocar brincos, colares, anéis e todo tipo de acessório só para fazer uma mera viagem de ponte aérea. E que logicamente ficam na esperança de que os quilos de metal que levam pendurados em suas orelhas e pescoços não vai apitar o detector de metais. Ou é burrice mesmo. E aí fica aquela espera, a fila aumentando enquanto a dondoca chega e tira os anéis e tenta passar, apitando a máquina novamente, retornando e tirando o cordão, e aí apita novamente... E não só bijuterias: cansei de ver mulheres que andam com aqueles casacos cheios de firulas metálicas, ou botas com detalhes de metal, ou mesmo bagulhos nas calças. Pôrra, será que não percebe que esse tipo de roupa vai apitar a máquina? Claro que depois elas ficam ali na saída, recolocando tudo que tiraram, atrapalhando assim os que vem na sequência.

Mas não é só mulher não. Tem muito homem que parece não saber que a fivela de cinto de cowboy, o cordão de ouro falsificado comprado na Urú, o relógio Timex vagabundo ou o trocado do ônibus no bolso vai apitar nada na maquinhinha. E tome atraso com isso...

Se bem que cabe um comentário a respeito dessa abordagem, pois também é em parte culpa dos aeroportos mal preparados. Certa vez, há muito tempo, eu estava voltando de um casamento, tinha vindo direto da festa para pegar o vôo de volta para casa. E ao passar do detector, a máquina apitou por conta da fivela de meu cinto. Expliquei para o funcionário que certamente era a fivela, e o cretino veio me dizer que eu tinha que tirar o cinto e colocá-lo na bandeja.


Eu argumentei pois o aeroporto deveria ter aqueles detectores manuais, e que não me incomodaria de fazer essa revista, ficando ali parado de braços e pernas abertos enquanto o policial passaria aquela maquininha ao meu redor. Seria muito menos aborrecimento e muito menos incômodo do que ter que tirar a merda do cinto ali, correndo ainda o risco de que minhas calças caíssem. Mas o filho da puta disse que não, que não cabia a mim escolher a forma de revista, e que eu teria que tirar o cinto. E vai lá, me dando todo o trabalho de ter que tirar a pôrra do cinto, algo que poderia ser resolvido em menos de um minuto e sem provocar constrangimento ao passageiro...

Pelo menos não é pior do que se diz a respeito dos novos detectores usados nos Estados Unidos. Eles parecem mega tubos de acrílico, onde você deve entrar sem os sapatos (sim, por algum motivo na cabeça da segurança o melhor lugar para esconder uma bomba ou faca é debaixo dos pés) e fazer uma pose escrota, enquanto um sensor gira ao seu redor e faz quase como um raio-X, vendo tudo que tem direito. Algo que volta e meia gera polêmicas, sobre a alegação de que a pessoa aparece praticamente pelada no monitor.  


Admito, coloquei essa foto por achar a garota muito gata, de curvas sensacionais. Abençoadas sejam as calças de lycra, e vamos continuando.

Pois muito bem... Passado o detector de metais, é hora de ficar à espera do vôo. E nessa hora é que temos que arrumar alguma coisa para fazer nas dependências do aeroporto. Seja dar uma olhada nas lojas careiras e no free-shop (que não tem nada de free), seja pagar uma fortuna por um lanche, ou mesmo simplesmente sentar em um banco e aguardar. Algo que logicamente pode ser feito até mesmo antes de se passar no detector de metais, praticamente todos os aeroportos fornecem esse tipo de estrutura antes e depois do traumático momento mencionado acima, para atender também aqueles que chegaram muito cedo ou estão esperando parentes e amigos chegarem...

Claro que as pessoas continuam a me incomodar mesmo nessas situações. Uns que eu odeio são os arrogantes homens de negócios, dá vontade de dar um chute no meio das fuças desses engomadinhos babacas. É de lei, em todo aeroporto você vê esse tipo, principalmente nos aeroportos da ponte aérea Rio-São Paulo nos horários do rush. Trajando o obrigatório terno e gravata, andam em passos apressados para lá e para cá, carregando sua pastinha 007 cheia de folhas em branco e com o iPhone no ouvido, para mostrar para todos que é um importante homem de negócios, altamente requisitado e bem sucedido, a caminho ou voltando de mais uma reunião fora da cidade... Ou então vemos esses cretinos sentados em um banco com seus laptops abertos em seus colos, digitando freneticamente e-mails, olhando planilhas e fazendo outras coisas que deveriam ser reservadas para quando estivessem no escritório, completamente submissos à cada vez mais comum postura de 100% de disposição para as atividades laborais. Assim como algumas vezes tais espécimes transitam pelos aeroportos em grupo, falando alto para que todos no terminal escutem seus sucessos corporativos, ao mesmo tempo que estampam sorrisos amarelos em suas caras de arrogantes.


O que mais me irrita nesses tipos é a arrogância e prepotência que eles tem sobre os "meros mortais" que estão no aeroporto. Não é à toa que provavelmente muitos desses homens de negócios sejam advogados, sempre metidos e se achando melhores do que as pessoas comuns. E essa arrogância se faz mostrar de diversas formas, como os sujeitos que saem empurrando quem estiver na frente, pois eles estão sempre apressados e são incapazes de andar em um passo normal, ou aqueles expansivos que ocupam três cadeiras para colocar seu terno e sua mala. Normalmente cadeiras que se encontram perto das escassas tomadas, totalmente usadas por esses workaholics que precisam carregar o laptop, os celulares (pessoal e de trabalho) e o tablet ao mesmo tempo, para que não corram o risco de ficarem cinco minutos offline.

É como se esses imbecis achassem que têm mais direito em estarem no aeroporto do que as demais pessoas, só pelo fato de que eles ficam constantemente indo e vindo na ponte aérea. Embora eu pense mesmo que seja uma combinação do imediatismo e correria da atual vida profissional, onde todos sentem uma necessidade orgânica de estarem sempre online e não se permitindo perder duas horas do dia sem fazer nada relacionado ao trabalho, com uma prepotência inerente às pessoas de negócio que só por serem bem-sucedidas em seus empregos, acham que podem pisar em cima dos outros.

Outro tipo de gente que não suporto são os grupos de turismo, em especial aqueles que estão indo ou vindo da Disney ou outros eventos locais cheios de aborrescentes, como aquelas bostas de Stella Barros ou similares. É de lei, sempre é um grupo de mais de trinta jovens em idade entre 15 e 18 anos, fazendo uma puta baderna. Claro com todos os exemplares típicos, como as patricinhas usando roupas e penteados da moda postando mensagens no "Faice" como "ixtou entrando no aviao, uhuu!", os moleques infantis rindo alto das pessoas e contando piadas escatológicas, os cocô-boys metidos da Zona Sul que só pensam em uma forma de deflorarem as patricinhas acima, os panariços que nunca andaram de ônibus sozinhos e se acham os independentes por cruzarem o oceano longe dos pais e os débeis que não pensam em outra coisa a não ser tirar uma foto com o Mickey. Todos eles trajando uma camiseta normalmente de cor bem discreta como amarelo ou verde fosforescente, sendo liderados por duas ou três coroas solteironas, que no auge de suas menopausas tomaram a decisão de desistir de fisgar um marido, passando a tomar conta dos filhos dos outros em viagens internacionais...


Essa turma tinha era que ser jogada do alto do avião lá na Disney, sem para-quedas. É um pessoalzinho inconveniente, sempre fazendo barulho e incomodando a paz das pessoas que estão ali esperando seus vôos. Adolescentes já são chatos por natureza, quando estão em grupo então se tornam ainda mais chatos. E viajando para os Estados Unidos para passear nos parques de Orlando e Miami, pior ainda. Parecem que querem expressar a sua alegria em estarem viajando para o exterior, assim como se achando no direito de fazer o que quiser por acharem que as titias cocotas não são seus pais e não mandam neles. 

Claro que existem outros tipos insuportáveis transitando nos aeroportos. Tem as crianças chatas, gritando e chorando sem parar; tem os velhos rastejando pelos corredores e resmungando palavras de Estatuto do Idoso; tem os mochileiros, sempre carregando aquelas mochilas de dois metros de altura e esbarrando nas pessoas; tem as dondocas que acham que uma mera viagem de avião é motivo para colocar o vestido de gala esquecido no fundo do armário. Gente escrota pra caralho...

Enfim... E no meio disso tudo temos que aguardar as informações do vôo. Normalmente eu fico em um lugar distante, preferencialmente perto de portões onde tem pouca gente, justamente para ter um pouco de paz antes de encarar uma viagem aérea, e de onde posso acompanhar no painel o portão onde meu avião se encontra, caso não saiba ainda. E aí começa a se aproximar a outra hora absurda de escrota: a hora do embarque.

Volta e meia eu comento aqui a respeito do metrô do Rio, onde eu sempre suspeitei que é lançado algum tipo de gás de adrenalina ou coisa parecida, que faz com que as pessoas fiquem extremamente apressadas, a ponto de correr pelas escadas rolantes e corredores, se posicionar na beirada da plataforma para entrar logo no trem ou atravessar o vagão para sair pela porta mais próxima de uma escada rolante. Mas começo a imaginar que essa pressa exacerbada é comum também nos aeroportos, como podemos começar a perceber na hora do embarque.

É de lei, você vai até o portão e mesmo vários minutos antes do início do embarque já tem gente lá em pé, em frente à porta. Tipicamente um dos homens de negócios importantes que mencionei acima, ou outro idiota que acha que sendo o primeiro da fila vai chegar no destino antes dos outros. Ou acha que assim vai conseguir um lugar melhor no avião, mesmo sabendo que os assentos são marcados. Teve uma vez que eu decidi ir até o portão logo, mesmo sendo quase quarenta minutos antes da chamada de embarque, e já tinha uns três caras lá em pé. Vai tomar no meio do rabo!

Outra coisa que me emputece dentro das calças na hora do embarque é como o brasileiro ou é burro ou tenta dar uma de malandro, ou ambos. Digo isso pois algumas companhias aéreas usam de alguma tática para organizar o embarque, considerando que quando o avião está no terminal, o finger (aquele corredor suspenso que liga o portão ao avião) sempre está conectado na porta da frente. Algumas empresas costumam imprimir nos bilhetes uma numeração de grupos, tipo grupo A, B e C, ou grupo 1, 2, 3 e assim por diante, enquanto outras colocam algumas placas na frente do portão, indicando intervalos de fileiras do avião. Tudo isso para que na hora do embarque a companhia vá chamando cada grupo aos poucos, tipicamente começando com aqueles que estão sentados no fundo do avião (depois, claro, de chamar os passageiros preferenciais, como velhinhos com dificuldade de locomoção), e terminando com aqueles que sentam na frente.


Algo que faz todo o sentido para uma pessoa com um mínimo de inteligência. Afinal de contas, como os passageiros vão atravessar um corredor estreito, comum em aviões usados em vôos nacionais, e muitos deles terão que fazer uma parada para colocar as malas de mão no bagageiro ou esperar que o sujeito do corredor se levante para dar passagem ao que está na janela, para que o fluxo possa correr bem é melhor começar com o pessoal dos fundos. Do contrário, se começa com o pessoal da frente, a fila vai aumentando e tornando o embarque mais demorado.

Mas o brasileiro é burro, malandro e adora levar vantagem. Dessa forma, não é novidade que na hora da chamada dos grupos, vai ter um monte de filhos das putas com o bilhete do grupo 4 querendo entrar junto com o grupo 1, vai ter um monte de gente que está sentado na fileira 5 querendo entrar junto com o pessoal das fileiras 25 em diante. Na prática o pessoal caga e anda para essa organização, todo mundo vai na fila que está andando, com a ânsia de entrar logo no avião. Por sua vez, os funcionários da companhia aérea não dão a mínima. Eu se estivesse responsável pelo embarque e visse um espertinho ali querendo entrar antes de ser chamado, ia mandar o calhorda ir pro lado e esperar a vez dele.

Começamos então em nossa viagem a deixar o aeroporto e entrar na aeronave, mas não por isso significa que estamos livres de aborrecimentos. Além das filas imensas provocadas pela desordem da entrada, temos todos os percalços antes da decolagem. Uma das coisas que já começa a incomodar é achar o seu assento, e não será surpresa se você chegar nele e ver que tem alguém ali sentado no seu lugar.


Me desculpe, mas puta que pariu, caralho! Não tem uma pôrra de número do lugar na merda do bilhete? Então porque sempre vai um filho de uma puta e senta no lugar que não é dele? Tem a capacidade de ler pra saber como se escreve o nome de seu destino para não pegar o avião errado, mas não sabe ler um número e uma letra pra saber onde está sentado? Um lugar que muitas vezes esse desgraçado escolheu ao comprar o bilhete. Tipicamente isso acontece quando você pega um lugar na janela, e o canalha quer ir na janelinha e acha que é só chegar ali e pegar, acha que o dono do assento vai dizer "ah, tudo bem, pode ficar". Comigo não, enfio o bilhete na cara do intruso e mando se levantar, por mais que fique puto comigo.

Teve uma vez que eu estava voltando para o Brasil em um vôo internacional, infelizmente um vôo que trazia também um monte de gente vindo de Orlando, não só um grupo de uma Tia Tetéia da vida como também aquelas famílias que viajam em grupo. Eu estava com um assento na janela, por preferir o isolamento de ficar ali no canto, e tinha lá um moleque sentado. Eu falei que era meu lugar, e ele insistindo que ali era o lugar dele. Perguntei se ele estava com o bilhete dele, logicamente era outro lugar, e falei para ele sair dali. Aí veio a mãe dele, olhando pra mim de cara feia. Sem falar que o filho da puta ainda havia levado o travesseiro! Vai se fuder!

Outra coisa chata que é comum enquanto o avião ainda está no chão é a hora de guardar as bagagens. Eu procuro sempre viajar com uma mala de mão pequena que caiba no espaço abaixo da cadeira de frente, só pra não colocar nada no bagageiro, mas nem sempre é possível. E quando tenho que colocar minhas malas ali, o primeiro problema é quando o vôo está cheio e não tem lugar. Sério, tem pessoas que levam malas de mão absurdamente grandes e em grande quantidade, mostrando como as companhias aéreas só barram mesmo a sua mala se ela tiver as dimensões de um container. Esses calhordas perdem a noção, não entendem que "bagagem de mão" é para ser coisas pequenas ou frágeis que não dá para mandar pro porão, ou mesmo coisas que vão ser usadas durante um vôo mais longo. Só que essas pessoas cismam de sobrecarregar essas bolsas e pequenas malas, para levar o máximo de bagagem possível, ou para não ter que esperar na esteira depois ao chegar no seu destino.

Mas o pior é quando a sua mala está lá quietinha lá em cima no bagageiro, e chega alguém com uma mala grande, e que decide enfiá-la ali também, mesmo não havendo muito espaço. Esses cretinos não querem nem saber, pegam a mala e a empurram com toda a força, esmagando aquelas que já estão ali dentro, pouco se fudendo pro que está ali. Muitas vezes são até mesmo os próprios comissários que fazem isso, tentando fazer com que a mala do passageiro seja guardada logo para não empacar o embarque. Mais uma das razões pelas quais eu prefiro colocar minha bagagem abaixo do assento da frente, até pode ser desconfortável com menos espaço para os pés mas pelo menos não tenho minha mala esmagada.


Certa vez eu estava levando o laptop da empresa, e por essa razão não teve como colocar a pasta embaixo do banco. Coloquei no bagageiro, em pé bem no cantinho pra não atrapalhar. E me vem um escroto, com uma mala daquelas rígidas, e percebi que ele simplesmente tirou minha pasta de posição, colocando ela deitada, e depois praticamente tacou sua mala em cima da minha. Eu levantei puto, perguntando que pôrra era essa, porque ele não deixou a minha pasta no lugar. E ficou me olhando com cara de cu sem pestana, dizendo que queria colocar a mala dele ali. Tá bom, mas precisa destruir minha mala? Sorte que eu tinha tirado meu iPod dali de dentro, ou certamente ele teria sido destruído.

O embarque vai prosseguindo, as pessoas entrando e pegando seus lugares e se preparando para a decolagem. Lógico, os fanáticos continuam conectados nesse momento, ligando para seus familiares, amigos e colegas de trabalho para dizer que estão dentro do avião, jogando Candy Crush ou outro jogo boiola ou escutando os novos hits do Luan Santanna. Nessa hora é que eu normalmente fico na expectativa de quem ficará sentado ao meu lado. Acontece que apesar de toda a minha torcida, todo meu pensamento positivo, nunca, mas eu digo NUNCA se senta do meu lado alguém como ela...


É sempre uma criatura abominável como essa daqui.


Sério, eu acho que nunca teve uma vez que eu peguei um vôo e sentou uma garota bonita e simpática do meu lado. O mais perto que eu estive de ter uma companhia feminina de viagem foi quando certa vez sentou-se uma garota que parecia ter fugido de um baile funk, mas que apesar da cara de vagaba tinha um par de peitos tão grande que ela provavelmente teria dificuldade para baixar a mesinha do lanche. Mas quando eu agradeci a todos os deuses por finalmente ter uma criatura dotada somente de cromossomos X ao lado, uma velhota que devia ser a avó ou mãe da jovem a chamou, dizendo que tinha um lugar lá na frente para ela se sentar. Nessas horas eu percebo como sou um fudido mesmo.

Tem outra coisa muito comum que eu percebo e nunca entendo. Todo mundo que viaja de avião sabe que na hora da decolagem existem quatro regrinhas básicas que são constantemente anunciadas pelos comissários e que passageiros frequentes já deveriam saber de cor e salteado: colocar o cinto, colocar o encosto da cadeira na posição vertical, fechar a mesinha e desligar todos aparelhos eletrônicos. Sempre, mas sempre tem algum cretino que ignora esses avisos, normalmente sendo o fanático por iPhone que não larga seu jogo ou algum cidadão tão exausto que tão logo chega no avião recosta o banco.

O avião então decola, e mesmo assim não tem sossego, vai ter gente incomodando, embora normalmente em menor escala do que nos outros momentos. Por exemplo, tem sempre um folgado no banco da frente que vai tombar o banco pra trás bem no seu colo, impedindo você de jogar no seu iPod ou celular, ler seu livro ou ver a televisão portátil caso esteja voando de Avianca ou Azul, algo ainda mais crítico nos aviões onde somos espremidos como sardinhas.


Ou se você precisar ir no banheiro, certamente a pessoa que for antes de você ou será um porcalhão que vai largar o pequeno lavatório todo molhado e com restos de papel pelos cantos ou terá sido um gordo que descarregou uma pilha de bosta no vaso, confinando o pequeno espaço do banheirinho com gases tóxicos.

Aliás, outra coisa bem incômoda é se você precisa se levantar para ir no banheiro quando você está sentado na janela, isso me incomoda muito mais do que se eu estivesse sentado no corredor e a pessoa que estivesse na janela pedisse licença. Isso porque eu sou um texugo educado e tenho um mínimo de massa cefálica, logo nessas ocasiões eu faço o que é natural: me levanto para que a pessoa possa passar. Só que na situação contrária isso não ocorre, muitas vezes a pessoa fica sentada e só move as pernas para os lados, ou pior ainda quando essa pessoa está dormindo e você precisa pular por cima dela. Por isso que eu sempre paro no banheiro do aeroporto antes do embarque. 


Teve uma vez, inclusive no mesmo vôo internacional onde o molequinho tentou roubar meu assento, que aconteceu algo bizarro (aliás, perceba como eu tenho um monte de histórias de sofrimento dentro de um avião). Eu estava lá no meu canto, aproveitando a sorte de ter ficado em um banco sem ninguém do meu lado, perto da janela, o que me garantia um mínimo de paz e sossego. Já estava de "noite", tinha passado algumas horas depois do jantar e o avião estava às escuras, e decidi ir no banheiro dar uma mijada. Aí quando volto, simplesmente tem uma mulher sentada lá no meu banco! E, seguindo minha idéia sacana de arrumar motivo para colocar certas fotos aqui nesse post, não se tratava de uma mulher como essa, desejando sentar ali comigo e me levar ainda mais nas nuvens...


... mas era uma coroa horrorível como essa, que quase me fez jogar pra fora o jantar. Eu mereço...


O pior de tudo foi a justificativa que ela tinha dado, que ela queria olhar pela janela! Vá pra puta que pariu, olhar na janela pra ver o quê? O avião voando a mais de dez mil e caralhadas de metros, numa noite escura como breu, e o que diabos aquela viada queria ver, pôrra?


Além disso, a minha mala de mão, com todos os meus pertences de valor como minha câmera, meu iPod e meu dinheiro, estava ali debaixo do banco da frente. Eu não pensei duas vezes, depois que a mulher voltou para seu assento de verdade, algumas fileiras atrás do meu, acendi a luz e chequei tudo que estava na mala. Ela deve ter me odiado por isso, mas que me odeie. Baita duma vaca, que direito ela tem de sair andando pelo avião e sentando onde bem entender?

Bom, e então começamos a nos aproximar do final da viagem, momento no qual eu normalmente estou desejando para que tudo acabe logo,  já não aguentando mais o convívio com esses passageiros chatos pra burro. Todo mundo vai se preparando, e como ocorre na decolagem os comissários precisam chamar a atenção de todos os paspalhos que solenemente ignoram os avisos de voltar o encosto da cadeira para a posição correta e apertar os cintos. Essa hora do pouso também incomoda graças às pessoas, normalmente crianças, que não estão acostumadas com a variação de pressão que ocorre nos ouvidos, dando a impressão que eles estão cheios de cera, o que resulta em choros esperneados ou idiotas berrando para escutar o que estão falando.

Uma vez a aeronave toca o solo, começa então a correria dos apressadinhos. Da mesma forma que ocorre com os avisos antes da decolagem e pouso, tão logo o avião toca as rodas no solo e freia, a tripulação pede para que todos permaneçam sentados com os cintos afivelados. Mas já dá para escutar o ruído metálico de vários afobados que já abrem a fivela do cinto, assim como as típicas musiquinhas de celulares sendo ligados, mesmo com uma ordem de que os aparelhos devam permanecer desligados.

Mas o ápice disso, que coincide com o topo da minha raiva, é quando o avião está prestes a parar, tipo já se movendo em direção ao finger ou se aproximando da posição de estacionamento longe do terminal. Nessa hora é que os apressados já estão de pé, abrindo freneticamente os bagageiros para pegar suas malas o mais rapidamente possível, e se espremendo no estreito corredor para ficar o mais perto da porta da frente de saída. Logicamente, empurrando quem estiver pelo caminho, pois é imprescindível economizar algumas frações de segundos ao estar alguns milímetros mais próximo da saída. Claro, educação não existe: é a razão pela qual esses mal-educados grudam no que está na frente, para não deixar sequer uma fresta que permita outro passageiro cortar na sua frente.


Se eu fosse piloto... Eu sem dúvida iria chegar, taxiar o avião até a frente do finger, e aí dar uma acelerada e uma freada pra derrubar todos esses filhos das putas! Pra aprender a respeitar a pôrra do aviso.

Cara, nessas horas me dá uma revolta! Me lembra novamente do empurra-empurra do metrô, as pessoas com uma ansiedade, um desespero alucinante para sair o mais rapidamente do avião, acho que nem mesmo um claustrofóbico se sente assim tão ouriçado para deixar logo a aeronave. O mais fascinante de tudo é saber que grande parte desses imbecis apressados despachou bagagem, e todo esse tempo que será economizado saindo o mais rapidamente do avião será em vão, tendo que esperar suas malas chegarem na esteira. Mas não adianta, todos ficam com essa pressa. Dá pra ver nos olhos das pessoas, aquela expressão de pressa, pensando em como esses poucos minutos esperando o finger ou a escada chegar até o avião e a porta ser aberta vão atrasar tanto a sua vida. É possível ver também pessoas tão afobadas que já sacam os seus celulares para chamar um táxi, logicamente dizendo que já se encontram na área de desembarque, ou ligando para parentes e amigos para dizer logo o clássico "cheguei", que poderia ser dito após sair do avião.


Esse é outro, talvez o principal motivo pelo qual eu prefiro ir na janela. Assim eu fico ali na minha, sentado, esperando o estouro de boiada sair, sem ter que sentir que estou sendo empurrado por uma maré de apressados e sem ter que aturar os olhares cheios de ódio daqueles que estão esperando eu tirar a minha mala do bagageiro. Sentar no corredor numa hora dessas é foda, mas se acaba ocorrendo isso em alguma oportunidade, permaneço sentado, por mais que o idiota ao meu lado se levante e tente me apressar, como mostra nessa tirinha do Oatmeal, cujo autor como eu certamente deve ter passado por maus bocados em viagens de avião.


O desembarque é realmente um dos momentos mais escrotos de todos. Se ele ocorre via finger, você precisa tomar cuidado para não ser atropelado pelas pessoas que vêm atrás, em passos tão rápidos como se estivessem competindo os 100 metros rasos; se o avião está em um local mais remoto do aeroporto, então é aquela espremeção naqueles ônibus da Infraero, com um bando de filhos das putas que faz tudo para embarcar no primeiro ônibus e que já se jogam contra as portas assim que ele chega no terminal. Se você só está com a bagagem de mão, agradeça pois já está acabando. Mas se você se despachou, prepare-se para mais uma etapa de aborrecimento: a esteira de bagagem.

Chega a hora de pegar as malas que você despachou pelo porão, mas infelizmente vários outros passageiros pentelhos fizeram o mesmo, e a essa altura eles já devem estar todos ali amontoados bem na boca de saída da esteira, por onde as malas chegam. Mais uma vez, é a pressa exagerada: normalmente essas esteiras são grandes pra cacete, e mesmo se você estiver perto do final dela, terá que esperar, sei lá, no máximo um minuto para que a sua mala chegue até você, provavelmente bem menos. Mas para um apressadinho desesperado, um minuto é uma era paleontológica, para esses é inadmissível esperar tanto tempo para pegar sua bagagem, e com isso eles logo correm para a saída. Sério, se eu tivesse controle da esteira, eu ia inverter o sentido dela, só pra fuder com esses afobadinhos!


O mais legal de tudo é que a falta de educação impera... Por exemplo, você pode estar em um determinado lugar, esperando por sua mala, se houver algum mísero espaço entre você e a esteira pode apostar que alguém vai se enfiar ali. Tem também os desajeitados com os carrinhos de bagagem, derrubando as malas dos outros e passando por cima dos pés dos desavisados. Completa o circo os distraídos (embora arrisque dizer que alguns sejam malandros) que acabam pegando a bagagem dos outros.  

Se o vôo é internacional e você está voltando para o Brasil, então pode ser que você ainda queira dar uma passada no Free Shop, onde pode comprar alguma bugiganga de última hora ou aquela lembrança que você se esqueceu de comprar para seus amigos, sem ter que pagar nenhuma taxa adicional, desde que claro você respeite o gasto máximo permitido por cabeça. E é claro que nessa ocasião você vai estar junto com inúmeros outros passageiros chatos e incômodos, andando de lá pra cá com carrinhos de compras munidos de calculadoras.


Não chega a ser tão crítico, embora uma coisa que me emputece é na hora de pagar. Começa com os burros e idiotas, que se esquecem que para comprar alguma coisa no Free Shop você precisa apresentar o passaporte e o bilhete do vôo, e esses burros e idiotas tipicamente deixaram um deles ou ambos em uma mala do lado de fora, perdida no meio do estacionamento de carrinhos de bagagem que é feito em frente da entrada da loja. Claro que essas pessoas não querem perder seu lugar na fila, aí tipicamente fica alguém ali no caixa enquanto outro vai lá buscar os documentos necessários. E gente assim tem título de eleitor, carteira de motorista... Tinham era que ser presos!

Mas o mais revoltante são os "mallandros" que ficam ali perto da fila, normalmente com um carrinho cheio de mercadorias. Aí quando passa uma pessoa com poucas coisas, esse espertinho tenta mandar um papo para convencê-la a pagar parte dos seus itens, para que não estoure no limite. Vai tomar no meio do olho do cú! Que abuso! Teve uma vez que um cretino tentou mandar uma dessas, negativo, disse pra ele. Aí o cara vai se atrasar na alfândega, e bobeando vai ficar enrolando pra pagar o restante, de jeito nenhum!

Aliás, falando em alfândega... Essa é outra hora absurda... Antigamente havia aqui no Galeão uma maquininha que a pessoa apertava um botão, se desse luz verde você podia ir, se desse luz vermelha você se fudia e tinha que declarar o que você está trazendo, mesmo estando abaixo da cota. Hoje você tem duas filas, uma para as pessoas que desejam declarar os bens que estão trazendo que passam da cota permitida, e outra para pessoas que não querem declarar. Em se tratando de brasileiros, sempre querendo bancar os "ixpertos" e levar vantagem, não é novidade que a fila para declarar é deserta, enquanto que a fila para não declarar é imensa. Claro que as autoridades brasileiras são mais "ixpertas", e sempre tem um carinha lá que olha pra pessoa na fila do nada a declarar, e se desconfiar manda essa pessoa para a outra, onde vai ter que provar que está dentro dos limites de importação.


Não vou entrar no mérito de falar a respeito dessas cotas impostas pelo nosso governo, são uma grande palhaçada, fazendo de tudo para dificultar que um cidadão honesto possa trazer produtos de fora, de qualidade muito superior e infinitamente mais baratos do que encontramos aqui. Mas o que me deixa puto dentro das calças é eu chegar lá, estando dentro do meu limite, ter que ficar esperando uma eternidade porque tem um sujeito trazendo oito malas que não aceita ter que ficar mais um tempo lá pra declarar o que trouxe! Pôrra, tá trazendo ar dentro das malas, cacete? É o famoso jeitinho brasileiro, sujeito que sabe que estourou em quatro vezes o limite da cota, mas que tenta se dar bem na hora da alfândega e atrapalha a vida de quem quer ser honesto.

Tá acabando! Mas ainda tem a saída do aeroporto. É quando somos apresentados a outra corja, principalmente no que se trata do Rio de Janeiro: taxistas. Sim, você mal chega e já vem sempre uns filhos da mãe, normalmente com aquele visual largado, com a camisa desabotoada, cabelo despenteado e calça suja, com a mão erguida apontando para você e dizendo "táxi?". Eu ignoro, nem olho pra ele. Primeiro, não gosto de ser abordado pra pegar táxi, acho isso uma pressão desnecessária. Segundo, pelo fato de que normalmente esses que ficam se aproximando das pessoas são verdadeiros bandidos, dirigem táxis piratas com taxímetros adulterados, que vão extorquir o passageiro. Uma ótima forma de receber os visitantes da Cidade Maravilhosa...


Aí normalmente temos que esperar para pegar um dos táxis conveniados do aeroporto. Em se tratando de Rio, você pode pagar o dobro e pegar um táxi azul ou vermelho para ganhar tempo, mas normalmente terá que se contentar com o táxi amarelo. Essas cooperativas de aeroporto, embora tenham taxímetros que funcionam de acordo com a lei, é composta de um bando de marginais também. A começar pelo fato de que não permitem que outros táxis não-conveniados peguem passageiros. Além disso eles nunca têm carros suficientes, resultando em filas imensas: quem conhece o Santos Dummont, aeroporto regional aqui d Rio, deve saber que tem horas que a fila do táxi vai lá do Itaú até o saguão principal. E além disso eles ficam tentando escolher as corridas mais longas, é comum um deles vir passando na fila, e perguntando se alguém vai para a Barra ou Niterói, corridas que podem chegar aos três dígitos. Enfim, depois de uma espera mais de meia hora, muitas vezes mais longa que a própria duração de seu vôo, você finalmente está no táxi, indo para sua casa ou seu destino.

Acabou. Nada mais de passageiros chatos, nada mais de ter que aturar esse bando de mal educados que encontramos nos aviões. Pelo menos até o próximo vôo, quando a zorra começa de novo...

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